domingo, 29 de maio de 2016

Desvendado pelo tio hugo

Foi um susto dos diabos quando Hugo, que na época eu chamava de tio Hugo, me pegou no flagra enrabando o Lipinho no meu quarto. Ele começou a berrar comigo, enquanto o Lipinho, que já estava choramingando antes, conseguiu desengatar de mim e desatou a chorar, me deixando com o cacete duro todo à mostra na frente do meu tio. Hugo levou ele rapidamente pra sala, consolando o menino, enquanto fui para o banheiro me lavar e fiquei um bom tempo lá, sem saber como sair e enfrentar a bronca. Eu tinha 15 anos na época e o Lipinho, que estava morando lá em casa há uns meses, tinha 11. O tio Hugo na verdade não era meu tio, mas sócio do meu pai na empresa de informática que eles tinham e frequentava tanto a casa que tinha até a chave, e por isso tinha entrado sem eu perceber. Era amigo de infância do meu pai e, a essa altura, estava com 28 anos. Lipinho sim era parente de verdade, era meu primo, filho da irmã da minha mãe, que depois de ser deixada pelo marido sem eira nem beira entrou em depressão e foi acolhida por meus pais (depois, conseguiu na justiça pensão e divisão de bens). Só saí do banheiro muito tempo depois, quando Hugo, depois de bater várias vezes na porta e me chamar, começou a cada vez mais forçar a tranca e me deixou apavorado, achando que ele fosse acabar arrombando e aí mesmo é que meus pais iam acabar sabendo de tudo. Ele me levou de volta pro meu quarto e me pôs sentado na cama, nu como eu estava, e fechou a porta. Sentou numa cadeira em frente, sem aproximá-la, e ficou me encarando, com uma cara bem brava. Eu não sabia o que fazer e cada segundo que passava eu imaginava os piores castigos, assustado com aquele olhar feroz dele e me sentindo totalmente vulnerável, totalmente pelado, bem na sua frente. Procurei com os olhos a bermuda que usava antes de pegar o Lipinho, mas não encontrei, e não tinha coragem de me levantar para procvurar melhor. Eu não tinha coragem de mover nem um dedo, na verdade. Estava estático, meu coração batia forte e eu estava meio trêmulo, tentando disfarçar. – Você tem ideia do que você fez? – ele disse finalmente. – Eu não fiz nada! Eu não fiz nada! Ele quem quis! – Fala baixo. E continuou: – Você tem ideia do que você fez? O garoto é menor do que você e você estava currando ele. – Eu não... – Fala baixo. – Desculpe. – Ele disse que foi a força, e eu vi que você segurava ele com força e ele estava chorando. – Mas ele gosta. A gente só faz porque ele gosta também. Ele curvou o corpo, se aproximando um pouco mais. – Teve outras vezes? Você já fiz isso com ele antes? Eu fiquei calado, vendo que tinha dito merda. – Há quanto tempo você está comendo esse menino? – Você vai contar pro meu pai? – Há quanto tempo? Responde. – Sei lá, desde o mês passado. – Quantas vezes? Você fez isso com ele quantas vezes? – Tio, me desculpa, me perdoa, por favor, não conta pro meu pai nem pra minha mãe. Eu não faço mais, eu juro. Ele não teve qualquer reação. Apenas me olhava, sério, parecendo me analisar. – Um monte. Quando ele está em casa e a gente tá sozinho. – Você bate nele? – Não, é mentira dele, eu nunca bati nele. – Fala a verdade. – Eu nunca bati! Deiu uns tapas só, só pra pôr ele na linha, mas nada que machucasse. É mentira dele se ele disse que eu dei porrada. Hugo se levantou, deu uns três passos e se virou pra mim. – Você não pode continuar com isso. – Eu sei, tio! Eu sei! Eu não faço mais, juro que foi a última vez. Ele ficou calado uns instantes. Eu olhava pra ele, amedrontado, ali na cama sem nada para me cobrir, com meu corpo todo a mostra frente a ele, vendo que minha situação cada vez parecia piorar. – Você gosta? Fiquei meio sem saber o que responder, mas logo emendei um sorriso tímido. Era a chance de amenizar o clima e talvez eu me safar. – Todo mundo gosta, né, tio. Eu já não sou criança. – Eu sei. Tô vendo. Tá com a perna cabeluda e esse teu pau já tá quase do tamanho do meu. Eu deixei escapar um sorriso orgulhoso. Ele fechou a cara e fiquei sério novamente. – O Lipe é uma criança ainda. Você só tem 15 mas tem o corpo muito desenvolvido pra sua idade. E ele tinha razão. Eu espichei muito rápido, bem antes dos outros meninos da minha idade, e aos 13 anos já era de longe o mais alto da turma. Meus ombros foram se alargando, o tórax se abriu e os mamilos cresceram e escureceram, os pelos do suvaco surgiram quando ainda todos os outros garotos conservavam como de criança, lisinho. Nas aulas de educação física, quando estávamos no vestiário, ia vendo que um ou outro estava começando a ter pentelhos, enquanto eu já tinha uma mata razoavelmente densa. E meu pau era maior do nque qualquer outro, me parecia chegar até o dobro do que quase todos os colegas tinham. Às vezes eu sentia vergonha disso, porque notava que chamava a atenção, me fazia diferente dos outros, estranhavam. Mas na maioria das vezes eu sentia orgulho de já ter um corpo de rapaz, principalmente quando percebia os olhares das meninas, até mais velhas do que eu. E isso não acontecia com mais ninguém, porque elas só tinham olhos para os rapazes das séries mais altas do colégio. Hugo continuou: – O teu corpo mostra que você já é um homem, e eu vi aqui nessa cama que você já é mesmo. Então, seja homem. Olha pro Lipe. Você é quase o dobro dele e já não pensa como criança. Quer fuder, já pensa como homem. Mas ele não. – Ele também! – Já falei pra você não falar alto. – Ele também quer fuder. Não é mais criança nada. – Ele come você também? – Claro que não! – cheguei a fazer menção de me levantar. – Não minta pra mim. – Não, tio! Só eu que como. – Mas ele já quis? – Não... Ele gosta de dar. – Ele gosta? – Gosta, gosta muito. Ele é viado, tio. – Então por que você estava forçando ele? – Porque é sempre assim. Ele faz cu doce pra eu pegar ele a força. Depois que eu gozo e deixo ele, ele fica todo manhoso, até chupa meu pau. Ele voltou a se sentar. Meu pau deu uma leve endurecida e morri de vergonha que fosse ficar duro mesmo na frente dele. – Você m,anda ele te chupar depois de comer ele? – Não. Até arde um pouco, mas ele quer fazer e eu deixo. Não é nada forçado, tio, é mentira dele. – Mas você gosta quando ele te chupa depois? – É, arde um pouco, mas eu gosto. Tá vendo, tio? Eu não tenho culpa. – Claro que você tem culpa, moleque! – sua voz se alterou um pouco, mas ele se conteve. – u Claro que você tem culpa. Fiquei calado; ele também. – Não age comigo como se fosse criança, porque eu já sei que você não é mais criança. Vi como você comia esse moleque. Você é um homem. – Tio... Por favor, eu... Deixa eu me vestir? – Você já pegou alguma mulher de verdade? Fiz que não com a cabeça, um pouco envergonhado. – Mas já pensou nisso? – Claro, né, tio. – Tem muito homem que prefere comer outro homem, e não mulher. É por isso que você come o Lipe? – Não, tio! Não! Eu não sou viado, não! Eu gosto de mulher também! Ele esboçou um sorriso e olhou bem nos olhos. – Você gosta de mulher também? – e deu ênfase no “também”. – É. – Então você tem tesão nas garotas mas também tem tesão nos garotos, é isso? – Não, tio, não. Eu só tenho tesão em mulher. – Mas o Lipe não é uma mulher. – É que nem que fosse. Ele olhou pra baixo e arqueou levemente as sobrancelhas. – Eu não vou falar nada pros seus pais. O Lipinho está lá no sofá da sala. Pegou no sono, depois de chorar muito. Ele estava mais assustado do que você. É mais novo. Eu vim aqui pegar um disquete e vou voltar pro escritório. Seu pai não vai saber de nada por mim. – Obrigado, tio. Não vai acontecer mais. Ele se levantou. – Fica aqui um pouco, não vai lá pra sala agora não. Se acalma aí, faz algum dever do colégio, dá uma hora. Eu me levantei e quis abraçá-lo, cheio de gratidão, mas me dei conta que estava pelado e que meu pau ia encostar nele se eu fizesse isso. Acho que ele percebeu, porque disse assim, num sorriso maroto: – E se veste porque esse teu pauzão pendurado é uma indecência. Eu ri, já procurando a bermuda. – Vou deixar pra você se entender com o Lipe. Fica aqui um tempo como eu te falei. Depois, vai lá e acorda ele devagarinho. Eu conversei com ele, tentei acalmar, e ele acabou ficando quietinho. Mas ele só vai ficar melhor se você ajudar. Tem que ser você, porque você é que é... – fez uma pausa que com certeza foi involuntária. – Você é que é o amigo dele. Eu sou o adulto que flagrou vocês, não sou eu que vai deixar ele tranquilo. – Mas falar o que com ele, tio? – Você vai saber muito bem o que falar. Se você é homem pra fuder ele, então é homem pra resolver a situação também. Você não me engana como criança, moleque. Estou falando com você de homem pra homem. Eu sorri, sem esconder meu contentamento em ouvir aquilo. – Não fica com essa cara de babaca. Eu to falando sério. Não age como criuança. Tem que tomar cuidado pros seus pais não descobrirem, nem os dele. Por mim, morre aqui. Mas se o Lipinho ficar com muito medo eles vão perceber e vão acabar sabendo de tudo. Não quero mais saber dessa história, entendeu? – Tá, tio – respondi, cabisbaixo. – Eu não vou fazer mais isso. Ele já estava próximo da porta. Virou a maçaneta. – Aproveita o tempo aqui e toca uma punheta pra aliviar. Você está com o tesão acumulado por causa da foda interrompida e vai acabar querendo tirar o atraso de novo com o menino. – Não, tio, eu não... – Rapaz, esse teu pau aí a meia-bomba toda hora não tem como disfarçar. Se alivia aí antes. Ouve o meu conselho, pra não fazer merda. Toca uma o– deixou escapar um sorriso, embora tenha tentado disfaçar – ou umas três, porque pelo visto uma só não vai resolver. Eu ri. Estava mais calmo agora, com a camaradagem dele. Eu já achava o tio Hugo legal, e naquele dia achei mais ainda. – Mas você não se safou ainda dessa não. Vou deixar tua cabeça esfriar. A de cima e a de baixo. Mas vamos conversar sobre isso tudo de novo. – Tá certo – aquiesci. – Não pensa que o que aconteceu não tem nada demais, porque tem sim. Como te falei, to falando com você de homem pra homem. E depois que tudo estiver mais calmo vamos temos que ter uma conversa de homem pra homem, eu e você sozinhos, pra vocês dois não acabarem degringolando essa história de vocês. Ele é muito menino. O homem é você. Assumiu uma voz mais dura: – É a você que cabe resolver isso. Você entendeu? Ser homem não é só ter um cacetão no meio das pernas pra fuder os outros. Não fica com essa cara de bobalhão só porque um pirralho ainda mama no teu pau depois de você enrabar ele. Tenha responsabilidade e não haja como moleque. – Tá, tio – murmurei, constrangido por aquele sabão. Ele tinha me feito descer do orgulho de macho pra humilhação em segundos. – E se alivia antes de ir lá no Lipe. Se não esfriar, vai acabar querendo meter no moleque de novo, em vez de consertar as coisas com ele. Não pude responder nada, porque ele imediatamente fechou a porta atrás de si

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