domingo, 29 de maio de 2016

Desvendado pelo tio hugo part 2

A conversa de homem pra homem com Hugo só aconteceu uns dez dias depois, que foi quando ele me ligou, pois não voltou mais lá em casa. Depois que ele tinha ido embora, após me flagar comendo o meu primo e conversar comigo, segui suas instruções e, após umas punhetas no quarto, fui até o sofá e acordei o Lipe com cuidado. Ele me olhou assustado, mas fui deixando ele mais calmo, contei que o Hugo tinha prometido não contar nada pra ninguém, que ele era o meu melhor amigo mas que tínhamos de parar com aquelas brincadeiras. Ele me abraçou, ainda deitado no sofá, e o tratei com carinho. Como tinha dito o Hugo, eu era o homem ali e tinha minhas obrigações, e a lembrança disso enquanto Lipinho se mantinha abraçado comigo endureceu meu pau de novo. Eu passei aqueles dez dias muito preocupado por causa do sumiço do tio Hugo desde o flagrante, porque era comum ele chegar do escritório com o meu pai, ou passar lá em casa no fim de semana pra pegar meus pais pra eles saírem juntos. Quando ouvi a voz dele no telefone, dizendo na boa que queria ter a tal conversa comigo, fiquei aliviado. Falei ao telefone que eu estava sozinho e que o Lipinho provavelmente só chegaria no fim da tarde, como costumava fazer quando ia na casa de um colega nosso, nas vizinhanças. Ele entrou, me cumprimentou rapidamente e se sentou no sofá, aguardando que eu me sentasse à sua frente. Foi direto ao assunto: – Como ficaram as coisas com o Lipe? – Tudo tranquilo, tio. A gente não faz mais nada não – menti, tentando ser o mais verdadeiro possível. Ele me olhou sério, antes de continuar. – Ele continuou chorando quando acordou? Anda triste? – Não, eu fiz que nem você falou. Ele não ficou mais nervoso nem nada. Eu disse que você não ia contar pra ninguém. – Ele anda triste? Fiz que não com a cabeça. – Cabisbaixo? – Não, tio, não... Tá tudo normal. Sério. – Mateus, presta atenção. – falou, num tom bastante grave. Eu me aproximei um pouco mais, desencostando da poltrona. – Isso é muito importante. O Lipe tem que se sentir seguro com você. Fiz uma expressão de quem não tinha entendido bem. – Se ele não confiar em você, se ele não sentir que você está com ele, que é companheiro dele, isso vai dar merda. – Mas, tio, não vai acontecer mais. A gente não faz mais nada, não – menti novamente. – Eu sei que não. Mas já fizeram, e se esse menino tyransparecer alguma coisa vai ser uma merda. Tua tia não vai mais poder ficar aqui e ela não tem pra onde ir, entendeu? Além diusso, é bem capaz dela e da sua mãe acabarem brigando por causa disso. É comum isso acontecer entre os pais quando descobrem que o filho de um está comendo o filho do outro. Fez uma pausa. – Você está entendendo a gravidade disso tudo agora? Seu pai está cheio de problemas, também. Estamos numa fase complicada lá na empresa. Esse teu caso com o Lipe... – Que caso, tio...! Eu só comia ele. A gente não fez mais nada, juro – menti pela terceira vez. Ele sorriu. – Você está falando demais nisso. Quem jura muito é porque... – não completou. – Mas é verdade. Eu agora só toco punheta – menti mais uma vez. – Que seja, então. Mas ele tem muita amizade por você. Mais que amizade. Nesse tempo que ele está aqui, você virou o melhor amigo dele. O menino acabou de ser abandonado pelo pai, você percebe isso? Ele a mãe estão morando aqui de favor. Ok, é a casa da irmã dela, mas ele perdeu a casa dele, o pai... Ele vê a mãe chorando pelos cantos. Você sabia que ela foi chamada na escola porque já pegaram ele dormindo não sei quantas vezes durante a aula? – Ele me falou. – Pois é. O menino está passando por problemas. Ele dorme não é porque está com sono, não é por causa disso. Você ainda é garoto pra entender isso. Mas ele está numa fase difícil, muito difícil. Você tem que tomar conta dele. – Eu???? – Não se faça de desentendido. Você já toma conta. Ele grudou em você, é como se fosse o irmão mais velho dele. É só olhar pra vocês dois. Teus pais mesmo já comentaram comigo como vocês são grudados e... – Eles desconfiam de alguma coisa? – perguntei, assustado. – Não, Mateus. Estão até contentes com isso. Acham que você está fazendo muito bem a ele. Fez uma pausa, mas não se conteve e sorriu, meio sacana: – E, pelo que você contou, muito bem mesmo... Eu sorri, encabulado. Meu pau deu uma animadinha lá embaixo. Me sentia o tal quando Hugo falava essas coisas. Mas ele logo ficou sério de novo. – Mas é um “muito bem” que acabou, né, Mateus? – É, tio – me apressei em mentir pela quinta vez. – Eu nem penso mais nisso. Fico mesmo só na punheta. – Só na punheta mesmo? – É. – Quantas por dia? – perguntou, meio que rindo. Eu devo ter ficado vermelho. – Na tua idade tinha dia que eu chegava a umas dez. Ri junto com ele. – Comigo passa disso – falei, meio tímido. – Sério, garoto? – É. Fiz uma pausa. – Teve um dia que dei 19 – disse, quase como se cochichasse. – Tá de sacanagem. – Sério. Com três seguidas. – Três? E gozou nas três vezes? Assenti com a cabeça, visivelmente orgulhoso. – Tu vai ser um garanhão, hein, rapaz... Com essa cara que você tem, com esse cacete e com essa fome toda, vai ser difícil te segurar. Eu estava quase explodindo de orgulho. Meu pau deu mais uma levantada dentro da cueca. – Você não fica esfolado? – É. Isso que é ruim. – Você tem que usar um creme. Sua mãe não tem hidratante no banheiro? – Já tentei, mas não gosto do cheiro. Usei sabonete também, mas foi pior, porque a pontinha ficou ardendo o dia todo. Eu uso cuspe, mas vivo com ele esfolado e aí... – E aí fica subindo pelas paredes porque não dá pra usar ele por um bom tempo, né? Concordei de novo, com a cabeça. – Então, vou te dar uma dica. Ele me falou em KY, e foi a primeira vez que ouvi falar em lubrificante. Nos dias seguintes, bati muitas pensando nessa nossa conversa. Naquele dia mesmo terminei com o pau todo esfolado. E no que mais pensava foi justamente nesse trecho da conversa, porque me dei conta de que talvez Hugo soubesse que eu continuava comendo o Lipinho e me falava do KY não por causa das punhetas, mas pra me ajudar a sentir o cu do Lipe mais gostoso. Ele tinha falado de um jeito meio ambíguo. “Você tem que usar um creme” podia ter se referido tanto à punheta quanto a novas fodas com o Lipinho... Essa ideia me deixou doido: imaginar que ele estava fingindo que acreditava em mim mas o que estava fazendo de verdade era me ajudar a fuder melhor! Ainda mais ele, que tinha me visto em ação, visto meu cacetão pular de dentro do Lipe e eu sair correndo pro banheiro com ele em riste. Podia ter ficado impressionado com o meu volume e avaliado que com o lubrificante ele se acomodaria melhor dentro do Lipe, sei lá.Dei umas boas gozadas fantasiando que o Hugo tinha feito isso, e em vários dias. – Mateus, me conta uma coisa. Pode ser sincero comigo. Gelei de medo com o que ele poderia perguntar. – Você fazia tantas vezes assim com o Lipe? – Às vezes, mas ele não aguentava tanto. Às vezes eu tinha que me punhetar depois, porque o tesão não acabava. – Na frente dele? – Ele gosta de beber. – Caralho, mas que sacanagem vocês dois... – Ele gosta, tio, fica de boca aberta esperando. Ele gosta! Não sou só eu, quer dizer, não era só eu. – Quantas vezes? – Que a gente trepou? – Não, isso já sei que foram muitas. Quero saber quantas vezes seguyidas você metia nele. – Teve uma dia que foram quatro. Ele ficou todo ardido, à noite me disse que estava disfarçando pra poder sentar. Ele riu. – Coitado desse menino. – Nada, tio... Tô te falando que ele gosta. Depois fica mexendo com o dedo lá dentro, pra sentir minha porra. Dei uma paradinha, pensando se devia continuar ou não. Avancei: – Depois põe na boca, fica chupando o dedo, e enfia de novo dentro pra pegar mais. Ele gosta de porra. Ele me olhou, meio espantado. Talvez eu estivesse falando demais. O Hugo ia me dando linha e eu me mostrava cada vez mais orgulhoso. Estava me sentindo à vontade com ele e excitado por poder contar meus grandes feitos de macho, coisa que era uma grande novidade na minha vida. Era a primeira vez que contava minhas aventuras pra alguém. E no fim das contas achei que ele parecia também estar gostando daquelas sacanagens que eu contava. Nem com meu pai eu já tinha tido uma conversa assim. Ih, nem de longe. Era papo de homem pra homem mesmo, como ele tinha dito. De macho com macho. – Você goza nele todas as vezes? – Claro, senão não tem graça. – Nesse dia das quatro vezes também? – Claro. Ele me olhou, apertando um pouco os olhos. – É verdade, tio. Não tô inventando. Não sei se ele acreditou. Mas era realmente verdade. – Mas isso é passado, não é, garoto? – É. – O Lipe agora é só na tua imaginação enquanto se masturba. – Isso. – Mas você tem saudade... Queria de novo... Percebi que ele me testava. – É, mas fico só na saudade e na punheta mesmo, tio. – Você toca pensando nele? Concordei com a cabeça. – Então você gostava. – Dãããã... – fiz uma careta, e me arrependi depois. Mas ele não se ofendeu. – Estou querendo perguntar se o Lipe te dá tesão. – Dá. Que que tem? Ele ficou um pouco pensativo, mas logo desviou do silêncio. Na hora, não entendi o que tinha feito ele pensar tanto. Hoje eu sei. – Você deve ter deixado esse menino todo alargado... – murmurou, como se lamentasse. – Ficou sim, mas não faço mais. Por isso tanta punheta. – Você gosta dele? – Claro, tio. É meu primo. E entendi tudo o que você disse. Eu sou amigo dele, e ele tá precisando de mim. Mas eu não fazia isso com ele por maldade! Não teve maldade minha. Ele gosta. Eu não forcei nada. – Isso eu já entendi. Não precisa se preocupar porque isso eu já entendi. – O lance de ser à força era só de sacanagem. Mais gostoso, entende? Quanto mais eu forço, mais ele fica quietinho, chora baixinho pra me provocar e dá gostoso. Eu fico doido, quer dizer, ficava. – E pensa nisso quando tá tocando, né, moleque. – É gostoso – disse meio encabulado, sentindo o pau saltar na cueca, bem animado. – Sempre foi assim? Todas as vezes? Fiz uma expressão de quem não entendeu. – Todas as vezes que você pegou ele foi à força? Você sempre comeu ele daquele jeito que eu vi? Você me disse que ele sempre queria assim, que era sempre assim. – A maioria das vezes. – A maioria ou todas? – Todas, não. Nem sei se a maioria. Mas a gente gostava de fazer assim. – E quando não era assim, como era? – Sei lá, tio. Eu já começava a achar estranho tanto interesse. – Fala, Mateus. Como era? Com carinho? Titubeei um pouco. Ele continuou me encarando, aguardando a resposta sem facilitar. – É. – Com beijo? – É. – Beijo de verdade? Na boca? – É. A porra do cacete estava inchando. Encolhi-me um pouco. – Não precisa ter vergonha. Isso é bom. Carinho é bom. A gente não pode pegar e só ir metendo. É bom dar carinho, fica gostoso de meter. – Ele gostava que eu fizesse carinho nele todo – ri, meio envergonhado. – Se arrepia todo quando eu fico passando a mão na bunda dele enquanto beijo. Hugo sorriu. – E nos peitinhos também, sabe. Eu lambia os peitinhos dele. Ele se arrepia todo, todo cheio de gemidinho. – E depois você metia nele com carinho, não é isso? – Eu gosto. – É, mas é bom parar de falar nisso – disse, recostando-se no sofá. – Não, tio, não acontece mais não – apressei em corrigir. Ele riu. – Eu sei, Mateus. Mas é que homens que nem nós não podem ficar tão entusiasmados assim na frente dos outros. Melhor parar de lembrar. Fez uma pausa rápida. – Tua bermuda te entrega fácil. Meu pau estava explodindo por baixo do tecido. Não só o volume era gritante como havia uma mancha do melzinho que tinha saído da ponta do pau. Procurei em vão uma almofada para me recompor na frente dele, mas elas estavam no sofá e seria pior eu levantar pra pegar. – Relaxa. Mas já está na idade de você saber prever a hora que tem que se segurar antes de armar a barraca. Você não tem como disfarçar. De jeito nenhum. Também sofro disso, rapaz – disse, rindo. Ficou mais sóbrio. – Mateus, sabe porque eu estou fazendo essas perguntas? Fiquei olhando. – Sabe por que eu vim aqui? – fez uma pausa. – Eu vou te falar. Mas, claro, foi também pra saber como está o Lipe com essa história, pra confirmar que está tudo bem com vocês dois, com você. Eu já imaginava que estava tudo certo, porque não notei qualquer alteração no seu pai. Não sei se ele iria me contar se tivesse descoberto, porque, como eu te disse, isso que eu descobri é muito grave. Mas mesmo que ele não contasse eu ia perceber, porque algum sinal ele ia dar que tinha acontyecido algo sério em casa. Eu estou sendo bacana contigo, mas isso tudo é muito grave. – Eu sei, tio – interrompi. – Nunca ninguém pode saber disso. Tem que ser um segredo, entendeu? Um segredo entre você, o Lipe e eu. Devia ficar só entre vocês, mas o acaso fez com que eu te visse metendo nele. Mas o Lipe pra mim é só um garoto que eu estou conhecendo agora, com a mãe dele morando aqui, não tenho nada com ele. Nunca nem fui muito próximo da tua tia. Então, a história dele, pra mim, é só contigo. Você é quem tem que segurar a barra dele, dar apoio, tratar com carinho. Devo ter feito uma expressão meio de espanto. – É, com carinho mesmo. Não to falando pra você comer ele, seu sacana – deu um sorriso breve. – Eu não sei qual é a desse menino. Você diz que ele gosta da coisa, e eu acredito em você. Mas eu não sei, essas coisas são muito complicadas, muito mais pra ele do que pra você, porque ele é que é... Bom, ele é um menino, mas ele é que é a menina dessa história, e ele é muito novo. Não sei se é tão fácil pra ele aceitar que gosta como você diz que gosta. – Mas ele gosta! – Ok, ele gosta, mas o que eu to dizendo é que não dá pra você confiar que em algum momento ele não vai entrar em crise porque gosta, entende? Com o tempo você vai ver que não é fácil pra um homem perceber que não gosta de comer. O Lipe é um menino, mas é homem, tem pau também. – Uma mixuruquinha. – Deixa de ser bobo, Mateus. – Mas é mesmo. – Tá, mas é um pau. Ele nisso é tão homem quanto você, mesmo que na hora H ele não seja. E isso não é fácil pra homem nenhum, imagina pra um moleque de 11 anos. Se com adulto admitir isso é uma merda só, quanto mais pra um garoto que tá sendo fudido há tempos e de repente sente culpa porque sabe que gosta. – Sei, tio. – Não, não sabe não. Pra você está tudo bem. Você está se sentindo o picão da história. O mais frágil é ele, não só porque é mais novo do que você mas porque a situação dele é mais frágil mesmo. Fez uma pausa e franziu o cenho. – Você está entendendo realmente o que eu to dizendo? – Tô, tio. – fiz uma voz irritada. – Eu não sou burro nem criança. – É, de criança não sobra mais muita coisa aí mesmo... Cada vez que ele falava um bagulho desse, parecia regar a porra da minha ereção. Meu pau parecia que crescia ainda mais na cueca! – Eu to entendo perfeitamente – respondi, fazendo um ar muito maduro. – Ele é viado e você tem medo dele não aceitar isso e acabar fazendo merda que vai sobrar pra mim. – É isso. Ficou me olhando. – Então, pronto. Eu já sei. – eu disse, cruzando os braços. – Mas isso quer dizer que só você pode impedir que aconbteça essa merda. Ele precisa do teu carinho. – Você já disse isso, e eu não tô entendendo oque você quer que eu faça, tio. Continuar fudendo ele? – perguntei, meio perplexop. – Não! Não, Mateus! – ajeitou-se no sofá, procurando recobrar a sobriedade. – Não é isso o que eu to dizendo. Chegou-se mais pra frente. – Você não me disse aqui, agora mesmo, que quando fudia ele você era carinhoso com ele? – Mais ou menos. – Deixa de ser babaca. Foi à vera várias vezes mas foi carinhoso outras vezes também. E você mesmo disse como ele ficava na tua quando você ficava de chamego com ele. Levantou-se, andou um pouco. – Vou ser mais claro contigo. Quero que você entenda direito o que eu vou dizer. Sentou novamente. – Você é o namorado dele, entende? – Que isso, tio?! – Te garanto que é assim que ele te vê. – Qual é, tio... – E pra você ele é a tua menina, garoto. Isso tá na cara. – Tio, não é isso – eu agora estava visivelmente contrariado. – É exatamente isso, Mateus. Você póde até não gostar, pode não ter pensado nisso quando comeu ele pela primeira vez, mas foi isso que você fez com ele e foi isso que ele sentiu: que você fez dele uma namorada pra você. Por isso vocês ficam grudados, por isso você fodia ele e por isso ele se arrepia quando você acaricia ele. Aliás, é por isso que você pensa nele quando toca punheta. Fiquei em silêncio. – Mateus, eu te conheço desde bebê. Você agora tem esse cacetão cabeçudo, mas te vi nu com uma piroquinha que não era nem metade do meu dedo mindinho. Eu tenho muito carinho por você. Estou preocupado contigo. Estou muito mais preocupado com você do que com o Lipe, apesar da situação dele. Então, pra mim essa história é um segredo de nós dois. Com ele, ela é tua e dele, mas comigo é só eu e você. Meu pau deu uma nova inchada nessa hora. – Não quero que seu pai saiba de nada, nem sua mãe nem ninguém. Da minha parte, vai morrer aqui. Da tua, tenho certeza também, porque você não é doido. Você é o metedor e se der merda vai sobrar é pra você. O Lipe vai ser o coitadinho que foi explorado, mesmo que você ache que não, porque é mais novo e é o que está sendo fudido. Então, é por isso que eu vim conversar com você. Porque eu fico preocupado contigo. – Não tem nada a ver, tio. Essa história já morreu. Eu não sabia se estava conseguindo disfarçar a ereção. Cheguei a bunda o mais que pude no encosto da poltrona e arqueei o tronco pra frente, para tapar o volume. Todo aquele papo, o modo como ele falava... Apesar do assunto ser sério, aquilo estava me dando um tesão danado! – Não morreu. Essa história não morreu coisa nenhuma. Não se faça de besta – ele disse, ríspido. Gelei. – Pode ter morrido pra você, mas pra ele não. Acho que até dei um suspiro de alívio. Pensei que ele ia desmascarar minha mentira. – Se você quer meter num viadinho, você tem que saber como tratar um viadinho, tá entendendo? Tem que saber como fazer. Tem viado que sabe muito bem o que quer da vida. Mas viadinho, viadinho mesmo, até adulto, tem que saber fazer. É que nem com mulher, também tem que saber fazer. Tem que saber o jeito delas, saber levar. Você nunca esteve com mulher, não é? Nem namorinho? – Não. – Não precisa ficar com vergonha. Eu também não tinha, na sua idade. Eu vou te ensinar como lidar com uma mulher, como lidar na boa, mas isso fica pra depois. O que eu estou querendo agora é que você perceba como você deve agir com o Lipe. Se você quer manter isso tudo em segredo, você tem que cuidar dele. Tem que dar apoio, não precisa fazer carícias nele, ficar de chamego, nem continuar sendo o macho que dá pica pra ele, mas tratar com carinho, com compreensão, dando segurança. – Eu nunca fui macho dele – menti, até pra mim mesmo. – Eu gosto é de mulher. – Então finja que ele é mulher e trata ele como se trata uma mulher que precisa de atenção, caralho! Você não quis ser macho do pirralho? Quis sim e foi. Aliás, ainda é. E tem que continuar sendo, mesmo sem comer ele. É assim que você vai conseguir que fique tudo numa boa, inclusive no teu coração. É assim. – Assim como? – perguntei de propósito, para provocar a resposta que eu queria ouvir da boca dele. E consegui: – Assumindo tua posição de macho dele. Não sei como não gozei nessa hora. – Fui claro? – perguntou, com ar meio bravo. Minha cabeça estava a mil por hora. Ou talvez ao contrário: meio lerdo, embriagado. Hugo falava comigo como macho, daquele jeito meio bruto que eu nunca tinha visto, me encarando como um macho igual a ele. Eu estava embriagado por me sentir tão homem, com um cacete grande todo rebelde entre as pernas, ali, na frente dele, que era adulto. Nessa hora, me veio à mente a consciência de que no fundo agora eu estava era adorando ele ter me visto em ação, ter me visto fudendo na maior, peladão, com a rola em ponto de bala e ele testemunhando isso tudo. Sério: eu estava à beira de uma ejaculação, ali sentado na poltrona. Ele me olhava calado, talvez tentando imaginar no que eu estava pensando. Eu devia estar com cara de maluco. – Mateus? – Que foi, tio? – Você ouviu o que eu disse? Assume que tu é o macho dele. E nessas horas o que um macho faz é dar carinho, já falei. Proteção. – ele parou, por uns dois segundos. – Isso. Essa é a palavra: proteção. Eu estava doido pra me levantar e tocar uma no banheiro. Eu ouvia ele falar, até entendia, mas parecia conversa picotada de celular, porque era tudo interrompido pelo pensamento no meu pau. – O Lipe só tem 11 anos. É como se tivesse perdido o pai. A mãe toda triste... Ele ficou em silêncio, talvez se dando conta de que já tivesse dito isso. – O momento que esse menino está vivendo é muito sério. Pra ele ter uma crise de culpa da viadice não custa muito. E ele vai pôr a culpa vai ser em você. – Nada, tio. Ele gosta de mim. Ele sorriu, e movimentou a cabeça como se concordasse consigo mesmo. – Exatamente. Ele está apaixonado por você. Doido de tesão por você, mas apaixonado. Na cabecinha dele, pode acreditar, está tudo misturado: o pai, o amigo, o namorado, o comedor que dá leite pra ele. E esses todos são você, Mateus. O nome desses caras todos é o teu nome. – Tio, assim você está me assustando. – Assustando? Tu não é macho? Não tá se achando macho porque tem um pauzão e dá quatro seguidas? Então não tem nada que ficar assustado. Tu é um homem. Tem 15 anos mas já é um homem, e eu estou falando aqui com um homem, de homem pra homem. Você é o macho e eu tô te ensinando a ser um macho de verdade. Se tu foi macho até agora e gosta de ser, é teu dever cuidar desse menino. Tanto pra ajudar ele como também pra não ter problema por causa dele. Eu nunca o tinha visto tão incisivo, mesmo nas vezes que discutia com o meu pai (que, na verdade, foram poucas). Ele se levantou e andou alguns passos. Foi até o armário de gavetas e se recostou, em silêncio. Quis reaver o controle. Pareceu relaxar. – Agora, vai pegar uma água pra mim que fiquei cansado de tanto falar. Fiquei parado. Depois de um tempo, sorri sem graça. Ele ficou me olhando. – Não dá, tio... Continuou, fixamente. Então, a ficha caiu. – Puta que pariu...! Eu também nunca tinha visto tio Hugo falar tanto palavrão. – Você está de pau duro? Fiz uma careta, como se pedisse desculpas. – Porra, tu é uma máquina... Tudo bem, eu não olho. Já vi o tamanho disso, sei até de cor, mas já que você fica constrangido eu não olho. Vai lá – e dirigiu-se para a janela, ficando de costas pra mim. Levantei rapidinho e saí. Logo escutei sua voz me chamando. – Não precisa vir aqui – ouvi, da cozinha. – Vai ao banheiro e resolve isso. Depois volta com a água. Fiquei vermelho. Eu ia tocar punheta com ele na sala, sabendo que eu estava socando??? – Não, tio, não... – eu disse, pondo a cabeça pra fora do portal que dava para a sala, escondendo o corpo. – Anda, rapaz. Eu ainda tenho muito pra te falar e do jeito que você está não vai dar. Vai com calma, faz o que tem que fazer sem pressa que eu fico aqui organizando o meu pensamento. Deixa que eu pego a água. Anda. Vai. Obedeci. Quando abri a baguilha no banheiro, o cacete pulou, duraço. Arranquei a roupa toda e me pus de frente ao espelho, já me punhetando. Eu tinha como me ver quase inteiro e confesso que toquei não foi pensando em Lipe nenhum, foi em mim mesmo, me admirando, sem conter o orgulho. Queria que o Hugo me visse agora. Aquela situação toda tinha me deixado louco. Meu tio me reconhecendo como macho, sabendo de tudo, eu mesmo relembrando na frente dele do que fazia com o Lipinho, e agora ainda essa situação de estar com o cacete na mão enquanto ele estava ali, do outro lado da parede, sabendo muito bem o que eu fazia. Puta que pariu. A porra é que eu estava no banheiro sociual da casa, que dava pra sala, então não tinha box pra onde eu correr e lançar os jatos. Me encostei o mais que pude na bancada de mármore e foi porra pra tudo que tinha na frente. Foi muita porra mesmo. Sentei no vaso, exausto. Deu até uma dor de cabeça. Descansei um tempinho, depois lavei a pica e voltei pra bancada com papel higiênico para recolher o que tinha ficado melecado, as torneiras, os azulejos. Até as florezinhas de papel marché que minha mãe mantinha pra enfeitar tinham levado porra. Foi um trabalhão pra tirar sem manchar. Florezinhas filhas da puta.

2 comentários:

gatosope disse...

os dois contos são muito bons fiquei com maior tesão , espero que poste a continuação a parte 3 prq. sinto que ficou faltando o restante dessa história. Parabéns Matheus, vc escreve muito bem. Val Azevedo

Anônimo disse...

Estou ansioso pela parte 3...