sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Churrasco com amigos

 

Outubro, essa pandemia não passa, mas as coisas continuam acontecendo. Andei me divertindo esses dias, mas só apareço aqui quando algo mais legal acontece e aparece o desejo de falar a respeito. E foi exatamente isso. O racha de domingo voltou faz algumas semanas, e com força total. Tanto tempo em casa, até quem não jogava antes da quarentena apareceu, e todo domingo rolava o jogo da rapaziada. Ainda assim, tinha uma galera de fora — o Leandro, por exemplo —, e muita gente nova. Nesse lance de “um amigo leva um amigo” apareceram uns caras que eu nunca tinha visto. O jogo rolou tranquilo, aquela resenha, e no fim a gente se juntou no bar acoplado ao campo. Eu não usava tanto o vestiário, porque moro perto do campo e preferia tomar banho em casa e não estava procurando putaria com os caras. Quer dizer, não assim na cara, preferia as vezes ficar de fora do vestiário e não correr o risco de ser pego olhando a bunda de colega (pense num lugar para ter bunda gostosa). Fiquei pelo bar, só sentado mesmo esperando uma carona para casa, quando um colega chega com dois dos novatos que eu desconhecia. O Rodrigo era um cara gente boa, nos encontrávamos pelo racha e as vezes nos estádios da vida. Tínhamos tomados umas juntos algumas vezes, era um cara legal. Ele chegou na mesa que eu estava, sentou, e os caras também. — Fala, Jefferson — nos cumprimentamos. — Olha aí, aqui são jogadores de respeito — apontou para os dois caras. Ri e cumprimentei ambos. O primeiro era um branquinho baixo, muito magro e meio cabeludo. O segundo era mais alto, moreno, um pouco mais gordinho e com uma cara de malandro. Bigode fino, argola de prata na orelha e uma porrada de tatuagens. Prestei mais atenção nele porque achei parecido comigo HAHA. Eu só era mais alto e sem as tatuagens. Ficamos sentados conversando, falamos sobre o jogo e sobre futebol no geral. Descobri que o branquinho se chamava Júnior e o moreno Rafael. Ficamos na mesa um bom tempo, o pessoal voltou do vestiário, começou a ir embora e a gente ainda lá. Minha carona também se foi. Eu estava curtindo, mas ia pegar um rumo para casa, ia passar na casa da mulher mais tarde. Quando comecei a levantar e esboçar uma despedida, o Rodrigo me cortou. — Ei baitola, vai não man. Eu coloquei a churrasqueira e a TV no quintal, a gente passa por lá e toma umas com uma carninha. Mais tarde tem jogo do Leão, dá até pra assistir. A oferta era boa, tomar uma cervejinha e ver meu time jogar. Aceitei, depois eu inventava alguma coisa para a patroa. Pagamos a conta e fomos para o carro do Rodrigo. Eu geralmente sento na frente porque sou muito alto, mas como eu era o que tinha menor intimidade com o dono do carro, fui para o banco de trás junto com o tal Rafael. A viagem demorava pouca coisa, uma diferença de dois bairros. Nessa eu vi o cara me olhando pela periférica, olhei também. — Ei, esse teu degradê aí tá roxeda — o Rafael falou apontando pro meu cabelo. — Fez aonde? — Lá perto de casa, quiser depois eu te passo o contato do cara, o Instagram dele tem mais cortes. — Me passa aí — ele tirou o celular do bolso e me deu. Achei o comentário meio esquisito, junto com ele me entregar o celular, mas relevei porque eu estou com tendência em ver maldade em tudo. O Rodrigo e o Júnior continuavam conversando na frente enquanto rolava um pagode no som do carro. Abri o Instagram do cara e a primeira imagem do feed era uma mina seminua, quase um nude artístico. — Caralho, tá bem o teu perfil — brinquei e virei o celular pra ele. — Isso aí é puta man, quiser eu passo teu contato pra ela. Tu com essa cara aí ela te dá na hora — nessa eu fiquei meio confuso. Dei uma risada, procurei o perfil do barbeiro e devolvi o celular. Até o fim da viagem não falamos mais nada, só os dois na frente numa conversa animada sobre trabalho. A casa do Rodrigo era bem localizada, grande. O quintal era na areia, mas tinha uma parte no cimento, onde nós ficamos. Estava do jeito que ele havia falado: churrasqueira montada e a LCD na parede. Começamos a beber e a conversar novamente, e mesmo que a conversa esquisita do carro quisesse sair da mente, o álcool tem um efeito desgraçado em mim, não sei se com vocês também, eu fico galudão. A gente bebendo, falando e eu tentando ajeitar o pau no calção o tempo todo. Já estava meia bomba e eu só pensava em putaria. Me arrependi de não ter ido ver minha mina, ia foder com raiva. O Rafael aqui e acolá me olhava meio esquisito, mas eu sinceramente achava que era algo da minha cabeça. Mas só de pensar em fazer alguma putaria com aquele cara eu já ficava com tesão para caralho. Imaginar um cara metido a malandro engasgando com a piroca me deixava doido. E eu sou um cara de sorte, muita sorte mesmo. Começamos a notar que a cerveja estava ficando quente. Mesmo dentro da geladeira, a lata vinha molhada, somente fria. O Rodrigo ficou puto, falou que a geladeira estava dando sinais de morte, mas escolheu o pior dia para fazer isso. Cerveja quente não rola, então o negócio foi ficando feio. Ele deu uma ideia, que ia buscar um freezer na casa da mãe. Ainda não estava na hora do jogo e a gente queria continuar bebendo, então todos concordamos. Ele disse que ia colocar em cima da pampa do coroa dele e trazer, precisava só de alguém para ajudar. Eu iria me candidatar, já estava puto com o tesão acumulado, pelo menos não ficaria ali pensando merda. Infelizmente — ou felizmente — o Júnior foi mais rápido e disse que ajudaria. Os dois saíram e falaram que ia ser coisa rápida, bem antes do jogo. Ficamos eu e o Rafael sozinhos, um cenário que eu já não sabia se era bom ou ruim. Eu comecei a ficar nervoso. A situação era absurda, por algum motivo eu estava uma pilha, só queria sair daquela situação. — Pô, bora comprar umas cervejas ali na rua, a gente vai bebendo e guarda elas geladas no congelador e tenta conservar um pouco, só pra não ficar aqui fazendo nada. — Ah, tem mais coisa pra fazer — e deu uma ajeitada no pau. Foi o ápice. Estávamos cada um em uma cadeira de plástico, um do lado do outro, ainda com o material do racha, mas de chinelo. Eu olhei bem para ele, o cara estava falando sério. O pau do filho da puta inchou no calção enquanto ele olhava para mim, e ficamos os dois em silêncio por um tempo, nenhum tomava iniciativa. Não aguentei e puxei meu calção para baixo. O piroca dura pulou para fora e eu continuei olhando para ele. Com a maior calma do mundo ele agarrou meu pau e começou a punhetar. Fiquei massageando o dele por cima do tecido. Durou um tempo essa tortura silenciosa, ele punhetando devagarinho e eu sem tirar o dele do calção, até que eu vi ele dando uma lambida na mão para continuar a punheta. — Chupa essa piroca, vai — o desgraçado saiu da cadeira e se ajoelhou na minha frente olhando para mim. Quando aquela boca quente preencheu meu pau eu podia jurar que ia gozar na hora. Boca quente, molhada, e o cara tinha uma língua enorme. Começou um sobe e desce onde o pau sumia e voltava, e toda a extensão até a pélvis ficou molhada. Meu corpo estava em chamas, tomei um gole da cerveja quente enquanto tentava controlar a mamada. Mas era impossível, estava gostoso demais. Ele tirou o pau e ficou se punhetando enquanto me chupava. Umas duas vezes ele me olhou nos olhos de novo enquanto descia, nesses momentos eu tinha certeza que não ia aguentar, era uma putaria de primeira. Ele subia e descia numa velocidade constante, acelerada, mas se punhetava devagar, a cena toda era demais. Não aguentei e desci um pouco para passar a mão na bunda dele. Ele me olhou, fez uma cara engraçada, mas não falou nada. Continuei. Tentei ao máximo retardar o gozo, mas não ia aguentar muito tempo. — Vou gozar. Ele me olhou e acelerou mais ainda a mamada. Fechei os olhos com força e via até estrelas, parecia que eu ia enlouquecer. — Goza aqui na minha boca — foi demais. Segurei a cabeça dele no pau e leitei fundo, vários jatos. Meu corpo todo tremendo e suando. A cadeira que já era pequena ficou menor ainda enquanto eu me contorcia. Ele subiu o rosto e tinha porra no canto da boca, me segurei para não dar um tapa, achei que seria abusar demais para a primeira oportunidade. Agora me arrependo. O mundo voltou a se formar de novo e eu vi a mancha no cimento onde ele tinha gozado, ele limpando a boca e levantando. — Caralho — era a única coisa que eu conseguia dizer. Ele olhou para mim e ia falar alguma coisa quando a gente ouviu o barulho do portão. — Corre pro banheiro! — ele nem pensou muito e invadiu o banheiro, enquanto eu subia o calção. Olhei ao redor e parecia tudo normal, a não ser a mancha de porra. Peguei o resto da cerveja quente e joguei por cima, na hora que o Rodrigo apareceu no corredor. — Cadê o Fael? Bora ali descarregar o freezer, tem que trazer pra cá. — Tá no banheiro. Eu tô indo ajudar vocês, só um segundo — o pau ainda estava marcado no calção. — Agiliza aí, vamos colocar logo no lugar. Levantei na hora que o Rafael saiu do banheiro. Fomos os dois, ajudamos a colocar o freezer no quintal, por as cervejas e continuamos lá, fingindo que nada tinha acontecido. No fim da tarde acabamos trocando contato, talvez num próximo jogo da vida eu tenha mais sorte e ele também. Tenho uma maneira muito boa de retribuir o favor.

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