quarta-feira, 29 de julho de 2015

O CARINHA DA ACADEMIA

Sinceramente, não sei exatamente como tudo isso começou. Essa sensação é tão apaixonante, tão violenta e confusa que não consigo parar de deseja-la. Existe uma coisa da qual me lembro; a primeira vez que o vi. Aqueles olhos, aquela barba por fazer, aquele sorriso... Antes de tudo, chamo-me Felipe, e esta não é minha primeira vez neste site, eu escrevi o conto “O carinha da natação” e depois tentei escrever um texto fictício, entretanto desistir sem terminá-lo. Depois de tanto tempo eu esqueci a senha tanto da conta no site quanto do e-mail. Desculpem-me. E para quem nunca leu meus contos, eu sou moreno, olhos castanhos, e me considero bonito. Sou bi. Atualmente faço faculdade na Universidade Federal do Pará e tenho uma vida relativamente normal. Não sou rico, mas tenho uma vida bem confortável, sou bem preguiçoso para falar a verdade e, tenho um vício muito grande por esportes. Pratiquei natação por 3 anos, como atleta, e hoje o faço por hobby. Pratico vôlei também, além de academia. Esta história tem por início a minha relação com meu melhor amigo. Andávamos juntos desde o início do curso, hoje cursamos o quinto semestre, vivíamos sempre juntos e viajámos para vários lugares juntos. Ele não é exatamente um garoto de imensa beleza, e nem possui grandes qualidades. Diego era seu nome e eu o amava incondicionalmente. Diego, é um cara de 18 anos que parece ser um adolescente de 15 anos – pois apesar de ser alto não possuía muitos pelos e tinha um rosto de criança- e o que mais me atraia nele era sua pele extremamente alva e seu jeito tímido. Sua melhor qualidade era se importar comigo e eu estava obcecado por ele. Sempre o abraçava e beijava o alto de sua cabeça e, o melhor, ele não se importava e ria. Eu sempre sustentei um sentimento por ele desde o início do curso, queria protegê-lo e tê-lo sempre para mim, porém, nunca lhe falara nada e apenas demonstrava o quanto ele significava para mim. Tudo isso acabou no terceiro semestre, quando ele começara a namorar nossa amiga Vivian. Eu não me importaria senão fosse pelo fato que ele me escondera seu relacionamento enquanto todos nossos amigos sabiam, menos eu. Vivan era uma das poucas que sabiam que eu o amava e ela me contara que ele a tinha convidado para sair várias vezes e a pedira em namoro. Eu sei, eu criara falsas expectativas, todavia, ainda me sentia extremamente traído. Eu o amava, ela sabia, e ele sempre me tratara tão bem, ele era meu somente meu. Fui saber do caso deles no final do semestre e comecei a faltas as aulas finais, não me sentia bem e acho que nem poderia ver os dois juntos. Permaneci trancado em meu quarto por três dias até me recuperar e decidir ir para a aula de novo. Voltei para a faculdade e fiz todas as provas finais e por muito pouco não repeti as matérias, porém, minhas notas foram as mais baixas da turma. E por final, confirmei meu pensamento; quando os vi juntos de mãos dadas, saí da sala de aula e fui para a orla observar o rio que circunda a Universidade. Não queria que ninguém me visse chorar. No final do dia eu prometi para eu mesmo que iria mudar. Quando julho chegara, decidi tomar coragem e amadurecer. Eu possuo um projeto com um professor e passei a me dedicar profundamente nele. Usei o dinheiro da bolsa do mês de julho e gastei 90% em livros. A maioria era best-sellers e os outros acadêmicos e científicos. Comecei a estudar e a ler como se não houvesse amanhã. Também prestei atenção que meu corpo não era o mesmo de antes, com o semestre que passara eu comecei a ficar meio gordinho e precisava me dedicar mais a academia, haha. Eu fazia academia desde janeiro de 2014 no mesmo lugar onde eu fazia natação e no mesmo horário, das 19:00h às 20:00h. Quando julho chegou, todas as pessoas haviam viajado, inclusive os professores. Quem estava orientando os alunos eram os estagiários. Eu particularmente não tinha do que reclamar, pois eu gostava de lugares vazios e conhecia todo mundo lá. No dia 4 de julho eu havia chegado meio tarde na academia e para aquecer comecei a correr na esteira. Nem dera 2 minutos e Tiago – um dos estagiários da academia – me chama: - Felipe, preciso de uma ajuda aqui – disse isso e começou a conversar com um cara que estava do lado dele segurando uma mochila. - Oi? – Respondi. - Eu estou ocupado com um aluno, tu poderias mostrar como funciona a esteira para esse cara aqui, por favor? - Ah sim, claro. Tiago conversa mais um pouco com o cara e se retira para a outra sala com os aparelhos para o braço. E então o cara coloca a mochila dele do lado da esteira e sobe nela e me cumprimenta: - E aí mano! - Oi! Tudo bom? Qual é teu nome? - Alex, prazer - Felipe, prazer. Olha Alex, tu pode deixar tua mochila nos armários, é só pedir uma chave na recepção. E quanto a esteira aqui você inicia ela, o botão vermelho ali é pra parar, aqui é onde você altera velocidade dela, aqui é a inclinação, e caso tu queiras, tu clicas na tela e escolhe algum treino programado. Ah sim, e aqui tu regulas teu peso para verificar as calorias perdidas por quilômetro percorrido. Ele falou quanto tempo ou quantos quilômetros tu tem que fazer? - Ele disse para eu ficar uns 15 minutos. - Ah sim, beleza então. Qualquer dúvida me avisa. - Ok. Como eu mudo o peso? - Tu pesa quanto? - 64 - Égua, tu tá de sacanagem, não é? - Por que? - Eu tenho 1,76 e peso 70 kg e tu é maior que eu, então tu não pode pesar menos que eu. - Eita, faz tempo que não me peso, hehe. Valeu pela dica. – Ele disse e começara a sorrir. E então eu prestei atenção nele. Ele tem olhos castanhos bem claros, A barba dele não era grande, mas ainda é mais desenvolvida que a minha. Ele estava vestindo uma camisa do Real Madrid e uma bermuda. Ele é branco, levemente bronzeado. Seu rosto é muito bonito, mas a característica mais marcante era o sorriso perfeitamente alinhado e branco. Todas as paredes da academia tinham espelhos. Quando me toquei, eu parei de olhar para ele e comecei a olhar para o meu reflexo no espelho da academia, mas ainda sim, eu queria olhá-lo. Movi o olhar para ele pelo espelho e me deparei com ele me olhando pelo reflexo do espelho. Fiquei surpreso e sorri timidamente, ele achou graça e voltou a olhar para a tela da esteira. Ele começou a puxar assunto comigo: - Eu odeio correr, prefiro nadar, sabe? - Tu fazias natação aqui? - Sim, das 20:00 as 21:00h - Sério? Égua, eu Fazia das 18 ás 20:00h. - Que desencontro, não? Haha. - haha. Tu faz faculdade? - Na verdade eu sou da Marinha, passei no concurso e tal. - Que legal cara - Disse e apertei o botão de parar, me despedi e fui em direção aos outros aparelhos. Durante toda a semana eu continuei com minha maratona de leitura. E na academia eu vi o Alex apenas na sexta-feira. Na semana seguinte, pensei que o encontraria de novo, mas nada. E nem na outra semana e nem nas seguintes. Achei graça de tudo isso, pois única coisa que sabia era que ele se chamava Alex, era da marinha e era muito lindo. Na academia havia homens bonitos, mas quando a frequentava, eu queria manter o foco e nunca olhava para os outros caras. Conforme os dias foram se seguindo eu passei melhorar muito, tanto o físico quando o intelecto. Estava ficando cada vez mais viciado em livros e no meu corpo. Meus amigos me perturbavam pelo whatsapp para sair, porém eu não queria, me sentia bem sozinho e não queria sair com grupo e encontrar o casal do ano. Uma amiga ficou preocupada comigo, pois eu nunca dava notícia e ela achara que eu tinha ficado em depressão. Eu morria de rir. Nunca me sentira tão bem. No início ficar sozinho parece assustador e deprimente, entretanto, quando você ocupa a mente, tudo fica interessante, passei a cuida da minha saúde, me tornei mais organizado e responsável. Quando as aulas na faculdade voltaram eu senti mais facilidade para entender a matéria. Virei o maior nerd, haha. Até o orientador do meu projeto começou a me elogiar. Em outubro consegui outro projeto numa área da engenharia que me interessava e meu corpo estava finalmente definido. Nessa mesma época comecei a jogar vôlei no time da academia e treinava todo o dia com eles. Falava com todos meus amigos normalmente, entretanto, parei de falar com aquele meu amigo de vez. Vivian e eu voltamos a nos falar por causa de um trabalho em dupla onde tínhamos que fazer juntos. Mas Diego sempre fora infantil demais e nunca procurou reatar a amizade ou procurar puxar assunto comigo e eu não faria isso. Estava ocorrendo tudo ótimo, até as provas de final de semestre. Não sei se é impressão minha, mas parece que as provas de final de ano são sempre as piores, haha. Muitos alunos se ferraram nessas provas, eu me salvei por pouco. Meu projeto iria terminar e eu tinha que terminar meu relatório. Eu iria começar o outro logo em seguida e precisava escrever o plano de trabalho. Os professores começaram a nos metralhar com trabalhos. Os meses de novembro e dezembro eu praticamente tinha virado um zumbi, era muita coisa para estudar e fazer e muito pouco tempo. Havia parado com o vôlei e com academia naquele tempo. Quando o semestre acabou eu estava esgotado, queria dormir o dia todo se me permitissem. Voltei para os treinos logo na segunda semana de janeiro. Voltei até para a natação. Ou seja, fazia academia de manhã cedo, todo o dia, lia a tarde e a noite fazia vôlei na segunda, quarta e sexta e natação na terça e quinta. Permaneci nessa rotina até fevereiro. Com o início das aulas eu me dediquei mais a natação e substituí o vôlei pela a academia a noite. Numa terça-feira qualquer eu tinha saído da piscina e estava me dirigindo ao vestiário, chegando lá, havia apenas um homem no box do chuveiro. Joguei minha mochila em um banco que tinha e comecei a tirar minha toalha dela. Ouço o cara no chuveiro dar um espirro bem alto. Eu respondi para ele “saúde” e ele agradecera. Estava procurando o sabonete nos infinitos bolsos da minha mochila quando o cara que saí do box me cumprimenta: - E aí! Eu olhei para ele sem o reconhecer direito. Ele estava mais alto, mais musculoso, com o cabelo bem curto e com uma barba por fazer. Quando abriu a boca e sorriu para mim eu percebi finalmente quem era: - Alex? - Égua tu lembra meu nome, haha. Me desculpa aí, mas eu esqueci do teu. - É Felipe! – Disse sério, afinal não queria demonstrar tanta empolgação, tenho meu orgulho, haha. - Foi bom te rever Felipe! Eu estou meio atrasado para nadar, deixa eu ir logo, até mais! - Até! – Disse e dei um sorriso. Ele parecia bem mais velho e bem mais definido. Eu continuei minha rotina naquela semana e o encontrei de novo no vestiário na quinta-feira. Falamos apenas o básico (oi,tudobem?tchau!) e ele foi para o treino e eu estava saindo do vestiário quando ouço uma voz aguda me chamar. Era Karine, a treinadora de natação da academia. Ela estava me chamando para ir com ela perto da piscina. Quando fui falar com ela observei o Alex nadando na última raia da piscina. Eu e ela começamos a conversar sobre várias coisas por um bom tempo, até que ela me convida para participar nas competições de sábado e domingo e me entrega a ficha de inscrição. Já estava no final daquela aula e o Alex estava saindo da piscina. Karine tenta me convencer a participar: - Vamos lá! Apenas sete pessoas daqui irão participar, precisamos de pelo menos mais um para fechar o time do revezamento 4x50 medley – Nem havia prestado atenção do Alex e tomei um pequeno susto quando ele falou: - Tu vai competir também? - Ele ainda não sabe – disse Karine - Não estou muito afim de ir, sabe? - respondi - Bora, vai ser divertido, haha. – respondeu o Alex - Bora ver, te respondo amanhã, tá Karine? - Ok ok. Alex se despediu de nós e foi para o vestiário, eu continuei conversando um pouco com a Karine e depois decidi ir embora. Para sair da piscina, tinha que passar em frente ao vestiário. Quando passo, esbarro com o Alex e ele sorrindo me pergunta: - Vais participar mesmo? - Estou pensando... - Vou te esperar lá, beleza? Apenas ri para ele e não respondi. No dia seguinte, preenchi o formulário apenas para o primeiro dia, eu iria participar apenas do revezamento medley, eu não estava muito interessando em competir. Meu nado peito é horrível, meu borbola é mais ou menos e eu não sou tão rápido no crawl, o único no qual me garantia é o estilo costa (ganhei várias medalhas competindo nesse estilo). Entreguei o formulário na sexta para Karine e falei com ela de novo apenas no sábado no dia da competição. Minha prova seria a penúltima, mas eu tinha que estar cedo lá para o aquecimento. Quando cheguei, constatei quem eram os outros 6 da academia que iriam competir. Eu conhecia todos eles, Felipe, Marcus, Willian, Flávio, Nicholas e o Tomás. Eu conheço eles a um bom tempo, somos muito amigos, eu sabia que eles iriam participar, apenas de eles estarem alguns meses sem treinar. E claro, faltava o Alex, que estava atrasado por sinal. Quando todos estávamos lá procuramos decidir que ia ficar no time de quem. Nicholas, Willian, Flávio e o Felipe formaram um grupo e Alex, Tomás, Marcus e eu formamos outro. Antes de começar eu previ que ficaria em primeiro lugar; Nicholas e o Willian eram os melhores e a medalha já era deles. Na competição, começava com o costa, seguia com o peito, passava para o borbola e terminava no crawl. No final, eu cheguei em primeiro com uma diferença de seis segundos do segundo lugar (hehe) e abri uma grande vantagem, porém, como falei, Nicholas e Willian abriram vantagem e ficaram em primeiro, meu grupo ficou em quarto. Perdemos por dois segundos para o segundo lugar e por alguns centésimos para o terceiro. Mas foi divertido. Ao final o pessoal queria comer pizza e estavam combinando, o Alex estava no meio se divertindo. Eu estava muito cansado e queria ir para casa dormir. Eu estava me despedindo da Karine quando o Alex veio até mim: - Tu vai com o pessoal comer a pizza? - Não, estou muito cansado, acho que vou pra casa. - Bora, precisamos nos enturmar, haha. - Eu não preciso não, conheço esses safados faz um bom tempo. Eu quero apenas dormir. Sério? Se tu não vai, então eu não vou, nem conheço os caras direito, tu vai pegar ônibus aonde? - Eita, tu ta com muita fome? - Muita! Haha. - É que eu não estou muito afim de sair com a galera... - Sem problema, podemos ir só nós dois, beleza? - Pode ser, mas bora logo. - Beleza mano, valeu! Seriozão! Era por volta das 17:00 quando fomos ao Batistão (uma lanchonete bem conhecida aqui em Belém) Conversamos por umas duas horas e falamos sobre tudo, descobri que ele era quase dois anos mais NOVO do que eu (ele ia fazer 19 e eu tinha 20). Nunca imaginaria que aquele homem era mais novo que eu. Eu pareço ter meus 20 anos, mas ele parecia ter 22 ou mais. Descobri que ele tinha 1,82m, estava de férias do serviço militar naquelas duas semanas. Ele tentou me explicar como funcionava lá na marinha, mas confesso que não entendi porra nenhuma. Quando saímos da lanchonete era por volta das 19:00h e eu fui para casa, digamos, feliz. Na terça-feira, eu acabei saindo um pouco tarde da faculdade e tive que ir de carro para o clube senão não iria chegar a tempo para a aula da última turma da natação. Cheguei uns 15 minutos atrasado e me aqueci muito rapidamente e entrei na piscina. Não havia prestado atenção em ninguém da piscina – quando me atraso eu fico tão preocupado que não noto nada ao meu redor, apenas a hora – e alguém na raia ao lado da minha me chama: - Ei? – eu olho e era o Alex – Eu pensava que tu não iria vir hoje, quase ninguém apareceu e eu pensei q... - Eu nunca falto... – Falei sério e comecei a nadar. Depois de imergir eu fiquei intrigado pensando comigo mesmo se fui muito rude. O bom da natação é que a água sempre me faz pensar em nada e em tudo ao mesmo tempo, eu diria que as melhores decisões que eu já tive foram concluídas enquanto eu estava submerso. Após o término da aula eu iria a procura dele para me desculpar. Realmente haviam poucas pessoas na natação naquele dia e por isso o vestiário ficara vazio, haviam apenas três pessoas além do Alex e eu. Fui o último a sair da piscina e fui para o vestiário, ao chegar lá, ele estava no box de chuveiro e eu teria que esperar. Tratei logo de entrar em outro box para tomar meu banho e me vestir. Demorei um pouco, propositalmente, confesso, e o encontrei sozinho vestindo a camisa. Eu saí do chuveiro enrolado numa toalha e o chamei: - Alex? - Opa? Diga aí! - Desculpa se eu fui meio grosseiro hoje. Foi mal. - Hum... tá nessa é? Deixa disso “rapá”. - Mesmo assim, foi mal. - Beleza. Ergui minha mão para ele e ele apertou. Eu geralmente sou muito tímido e reservado com meu corpo, maaaaaaaaaaas, naquele momento eu senti um intenso desejo de exibir meu corpo e fiquei pelado de costas para ele, vesti minha cueca, me virei e perguntei: - Tá afim de sair pra comer algo? - Pô mano, não dá pra mim, tá muito tarde e eu tenho uns compromissos amanhã. - Eu posso te levar de carro, caso tu queira... - Tu sabe dirigir? – ele falou sorrindo para mim. - Não não, eu tenho motorista particular que dirige minha limousine. - Haha, sem graça, te veste e bora logo. Te espero lá fora. Vesti-me rapidamente, sai do vestiário e o guiei para meu carro. Um Fox prateado, eu amo esse modelo porque é muito espaçoso. Joguei minha mochila no banco de trás e ele fez o mesmo e perguntou onde íamos. Particularmente eu não conheço muitos lugares em Belém, não sou muito de sair e apesar de crescer nessa cidade, eu, às vezes, pareço um turista, haha. Um programa que eu amo pra caramba é tomar sorvete depois de uma chuva na Estação das Docas, um ponto turístico de frente para a Baía do Guajará aqui na cidade, um lugar extremamente bonito e que faz um frio do cacete a noite – sim, naquele dia tinha chovido. Ao chegar lá, estacionei o carro um pouco longe da entrada (não queria entrar dentro da Estação com o carro e pagar estacionamento), entramos, compramos dois sorvetes, um de tapioca e um de açaí, e ficamos dando voltas por lá e congelando por dentro e por fora, haha. Conversamos muito pouco, ele me fazia algumas perguntas, mas eu era breve nas respostas e então ele parara de perguntar. Passamos a noite calados, sentido o vento que soprava do rio que circundava a Estação. Quando saímos o Alex voltara com as perguntas, dessa vez mais animado: - Mas me diz uma coisa, por que tu é tão quieto cara? Fala algo, é meio chato ficar tentando puxar assunto e tu fica caladão aí, todo besta. – Disse sorrindo meio que brincando. - O que? Eu vou te mostrar o besta, pulei no pescoço dele e tentei encaixar uma chave de braço no pescoço dele e comecei a rir, ele começou a me dar socos na costela e começou a rir, eu falei: - Ah é? É para dar soco, beleza cara. – E pulei em cima do pescoço dele e tentando engatar outra chave de braço e comecei a dar porrada na costa dele. Isso foi no meio da rua e ele tropeçou e caiu e começou a rir muito alto e falou: - Eu vou te matar safado – eu saí correndo antes dele se levantar e ele foi atrás de mim, parecíamos dois loucos correndo e rindo. Ele me alcançou justamente quando eu havia chegado perto do meu carro, com a porta aberta e pronto para entrar, e começou e me bater no braço e na costela e ficamos rindo até eu escorregar e cair no chão e aquele covarde ainda continuou me batendo. Depois ele parou e estendeu a mão para me ajudar a levantar, nisso eu me levantei segurei na camisa dele e empurrei ele contra o meu carro com força e disse: - Filho da puta. – Cheguei tão perto do rosto dele nesse momento e que o resto acabou sendo inevitável. Eu puxei a camisa dele com força e o beijei. Apenas um selinho e ele me empurrão com muita força tanto que se eu não estivesse segurando a camisa dele teria caído. Eu o soltei e fiquei encarando ele, seu rosto não possuía expressão alguma, apenas me olhava. Eu estava implodindo de vários mistos de confusão, medo, nervosismo e arrependimento. Decidi ficar calado desviei o olhar e apontei para o lado do passageiro do carro e entrei sem olhar para ele. Ele ficara parado do lado de fora do carro e eu achei que ele não iria querer que eu o levasse até que ele entra no carro. Eu pressenti que ele iria falar algo e antes que ele abrisse a boca eu olhei nos olhos dele e falei baixinho: - Desculpa. – Falei quase sentindo meus olhos se encherem de lágrimas. Antes de eu sequer pensar em respirar, ele segura meu rosto com força e me beija. O movimento dele fora muito brusco e me assustara de início, mas eu o senti, senti sua língua tentando entrar sem o menor escrúpulo na minha boca. Foi o beijo mais forçado e intenso da minha vida e eu, é claro, correspondi. Segurei na nuca dele e minha mão vagara por suas costas, enquanto que as mãos dele estavam mais nervosas e passavam pelo meu corpo com força se arrastando pesadamente pela minha nuca e cabelos, puxando estes com força. Outro movimento brusco me empurrara de novo e nos separamos. Ficamos nos encarando e eu comecei a rir, ele arfando começa a rir também. A situação era embaraçosa e excitante, eu não conseguia segurar o nervosismo. Liguei o carro, liguei o rádio e seguimos. O deixei na casa dele e segui para a minha. Continua... (Desculpem os erros ortográficos e a falta de detalhes, eu tive que resumir muita coisa. Essa é a primeira parte de duas e sim é uma história verídica. Meu e-mail: anuncrownedking@outlook.com . Boa leitura)

2 comentários:

Anônimo disse...

Falta de detalhes? Mano, essa tua história foi um saco.hahaha

Anônimo disse...

Falta de detalhes? Mano, essa tua história foi um saco.Hahahaha