domingo, 14 de julho de 2013

NORDESTE PERDIDO

Há poucos meses fiz uma viajem com meu pai, passamos em varias cidades pelo Nordeste, saindo de Salvador e indo até o centro do Pará, vi muitas coisas diferentes e muitas pessoas interessantes, perdi mais um pouco do preconceito que tenho com pessoas mais simples e sem estudo, isso não significa que eles não tenham inteligência, enfim, vi muitos homens interessantes, mas o que mais me chamou a atenção foi um que eu poderia ver na esquina da minha casa de tão comum que era sua aparência, nos não trocamos uma palavra sequer, não sei seu nome, nem qual a cidade em que mora. Estávamos na estrada desde as 06:00 horas e o carro estava precisando fazer o alinhamento, eu nunca tinha visto isso e na época estava em processo para tirar minha habilitação então resolvi prestar atenção, dentre os mecânicos trabalhando um dos que nos atenderam foi esse rapaz, ele parecia ser dois anos mais novo que eu, tenho 24 agora, e já tinha uma aliança no dedo, ficou meio óbvio que estava rolando uma atração afinal eu e ele não parávamos de trocar olhares curiosos, ele é um daqueles morenos de cabelo cacheado com cor de oliva, a diferença na cor da pele era apenas que ele estava bronzeado, seu corpo era bem proporcional, as pernas não eram finas, mas o que se destacava era o seu tronco, os ombros, os braços, as costas e o peitoral, seu quadril era curto, e seu corpo tinha poucos pelos, seus lábios não eram finos e os olhos castanhos com sobrancelhas escuras, qualquer pessoa o consideraria no mínimo simpático, não vou dizer que é o meu tipo de homem, eu gosto daqueles que são mais altos e bem mais fortes, não sou muito de ficar com morenos, prefiro negros ou brancos, acho que porque eu sou moreno, enfim, o fato é que ele morava do lado da oficina, eu fiquei encantado com seu jeito de fazer as coisas, de me olhar com curiosidade, o alinhamento acabou demorando mais um pouco e meu pai quis fazer um lanche, eu fiquei junto do carro por razões óbvias, estava sentado próximo ao portão da mecânica e ele passou na minha frente, estava com uma chave na mão, entrou numa casa minúscula do lado, eu nem precisava levantar para poder ver parte do quintal. Depois de entrar ele foi direto pro quintal e de lá me chamou com um sinal, fui direto pra onde ele estava, me encarava todo o tempo, e eu vez ou outra olhava sua aliança, quando cheguei perto ele pôs a mão na minha nuca apertando um pouco, carinho de homem, entrou na pequena casa, eu só prestava atenção a ele, e sua maneira de me tratar, passou o braço pelos meus ombros e me conduziu a um quarto com cama de casal, parou na minha frente, pôs as duas mãos no meu rosto e me beijou, não vou dizer que eu estava morrendo de tesão, mas o beijo me deixou, não havia nada dessa pressa, nem desse desespero que se tem, tudo foi saboreado, pois não era algo que iria se repetir, seu beijo era comedido, mas transmitia tudo que estávamos sentindo, nos abraçamos sentindo o corpo um do outro e o cheiro característico, ele me olhava acho que tentando lembrar dos meus traços, passando a mão no meu cabelo que estava já um pouco grande, depois me fez sentar sobre a cama, desabotoando seu macacão azul, pus minhas mãos em seu peito e senti a textura de sua pele e os músculos jovens ali, tirou os sapatos e o restante do macacão, e se deitou sobre mim, mais beijos, quis tirar minha roupa mas ele pensou isso antes, puxou minha camisa branca enquanto mordiscava meu abdômen e peito, depois pescoço. Não havia pressa, apenas desejo, sua pele estava um pouco salgada, seu pênis com formas bem arredondadas deslizava macio na minha língua enquanto sua mão brincava com o cabelo da minha nuca, não forçou minha cabeça, apenas recebeu o carinho que lhe propus, vi que se aproximava do orgasmo e pressionei mais sua glande nos movimentos, seu esperma era doce, sua pele estava suada, seus espasmos foram deliciosos de sentir e ver. Ele relaxou um pouco e me puxou pra mais beijos, ainda não satisfeito, tirou o restante das minhas roupas, brincou um pouco com meu pênis, depois foi direto ao ponto, levantou minhas pernas passou um pouco de saliva em mim e penetrou, claro que doeu, mas eu gostei, ele invadia meu corpo e me olhava, suas mãos me seguravam e seu pênis me martelava, seu beijo tinha mais pressão, seus corpo estava mais sedento de prazer, de mim, eu sentia seus músculos com a ponta dos dedos, limpava o suor de sua testa em um carinho e gravava na memoria suas expressões, ele se deitou em mim, abraçou-me novamente com seus movimentos ininterruptos, lhe abracei com minhas pernas e braços, ele metia fundo e senti que estava próximo o orgasmo novamente, nossos corpos se separaram e ele me masturbava enquanto continuava com suas estocadas, meu abdômen enrijecia e os nossos orgasmos chegavam quase ao mesmo tempo, finalmente ouvi sua voz, com um gemido incontido, ele caiu sobre mim ofegante de olhos fechados, novamente lhe acolhi, queria poder levar sempre o calor do seu corpo comigo. Após uns minutos quietos ele levantou, devagar foi colocando suas roupas, eu idem, depois de vestidos nos olhamos demoradamente, de pé nos abraçamos e beijamos de novo, agora com certa tristeza, era a despedida. sai pelo quintal, bebi um pouco de agua da torneira e voltei pra perto do carro, ele ficou perto de mim até que meu pai voltou e tive que entrar no carro, ficamos nos olhando pela ultima vez, eu estava triste e feliz, porque amei, durou pouco, mas foi verdadeiro.

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